O Essencial

Quando somos novos, buscamos sempre mais. Fazer mais, ter mais, ser mais produtivo, ser reconhecido como o melhor. Essa forma de pensar é muito limitadora.

A busca por mais é o comum, mas não o natural. É comum porque o ser humano é imperfeito, orgulhoso e egoísta. Não é natural, porque o natural é buscarmos a felicidade e segundo todos os especialistas, gurus, cientistas, religiosos, ou seja lá quem estude isso, dizem que a felicidade consiste, dentre outras coisas, em ter menos.

Deveríamos buscar o essencial, que consiste em tudo aquilo que realmente importa para a nossa vida. A dificuldade é que hoje vivemos em um mundo de abundância e para se manter no essencial é necessário dizer muitos “nãos” todos os dias.

Hoje em dia é muito mais fácil acumular do que reduzir.

Com que facilidade você compra uma roupa nova? E com que facilidade você doa uma existente? Se ainda tem dúvidas, pense na última vez que você comprou um vestuário, quando foi? E quando foi a última vez que você doou um?

Será que em termos de trabalho, você vive o essencial? Ou você tem uma lista enorme de tarefas acumuladas, uma lista grande de emails a responder e uma lista razoável de compromissos?

Se umas das respostas é sim, provavelmente você pode melhorar. Como tudo na vida é questão de prática, para melhorar é preciso agir. Eu sugiro um exercício:

Abra o seu guarda-roupa agora, separe todas as peças que você não usou nos últimos 6 meses. Doe todas. Presta atenção, tem que ser todas, sem exceção e sem se enganar.

Se você não é capaz de doar todas as peças de roupa que não usou nos últimos 6 meses, é pouco provável que você será capaz de viver o essencial. Não quero aqui impor verdades, é apenas uma questão de probabilidade.

Praticar a redução de bens, compromissos, tarefas e qualquer coisa que ocupe espaço na vida é algo anti-intuitivo não ensinado nas escolas.

Pense sobre isso, pratique e sinta o quão melhor será a qualidade da sua vida.

Abraços e até a próxima.